Como decidir o tipo de gás para solda
 

O tipo de gás de proteção é definido pela aplicação e por ensaios específicos, conforme as normas que especificam os requisitos metalúrgicos e boas práticas de fabricação e de soldagem. Isso também envolve uma série de custos, pois alguns gases têm preços maiores que os outros, dependendo da sua composição ou tipo. 

Considerando apenas os processos MIG e MAG, é preciso diferenciá-los:

• MIG: É para a Soldagem no Processo GMAW com gás de proteção Inerte, tais como Argônio, Hélio ou a mistura entre ambos em porcentagens pré-definidas. Este tipo de gás é geralmente aplicado com arames de baixa liga não ferrosos, como Alumínio, Bronze+Silício e Inconel. Também é usado na soldagem de chapas galvanizadas, conhecida como MIG Brasagem ou MIG Brazing.
• MAG: É para a Soldagem no Processo GMAW com gás de proteção Ativo. Neste caso, podem ser usados o Dióxido de Carbono (CO2), o Oxigênio (O2), ou a mistura destes com gases Inertes, Argônio e Hélio, entre outros. O gás não altera as propriedades metalúrgicas da solda.

Qualquer percentual de CO2 ou O2 adicionado a um dos gases inertes faz com que a mistura se torne ativa. Isso acontece porque há interferência do gás nas propriedades metalúrgicas da solda e no comportamento do arco.

Tipos de gases mais recomendados para o processo de soldagem MIG/MAG
 

Podemos então ter soldas sendo feitas com CO2 puro ou com a mistura de dois ou mais gases, chamados ternários. Por exemplo, Ar+25% de CO2, Ar+ 8% de CO2, Ar+ 4% de O2 e Ar+He+CO2. Cada mistura de gás para solda tem uma finalidade específica podendo ser: reduzir respingos, obter mais penetração ou maior velocidade de soldagem, entre outros. 

Estas misturas podem ser usadas na soldagem de chapas de Aço Carbono, Aço Inoxidável e até mesmo em Chapas Galvanizadas. No caso do Gás para Aço Inoxidável, a mistura tem percentuais de gases bem definidos para não causar corrosão na solda ou na da chapa soldada. Esses são alguns dos problemas caso o profissional não utilize o gás para solda corretamente. 

A grande maioria das soldas da indústria automotiva são feitas em chapas de aço carbono e de espessura fina (menor que 5 mm). Assim, os gases mais comuns utilizados são misturas de Argônio com CO2 em diferentes percentuais. As combinações mais comuns são Ar+20 a 25%CO2, Ar+5 a 15%CO2, Ar+2%O2 e 8% CO2.

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