O curso técnico de soldagem está entre os 10 cursos com maior empregabilidade em pesquisa feita pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) entre 2021 e 2023. O levantamento foi feito com ex-alunos um ano após conclusão do curso e possui 91,3% de aproveitamento.
O curso tem duração de 2 anos e prepara profissionais para planejar, executar e coordenar atividades de soldagem em estruturas metálicas e tubulações industriais, conforme o cronograma de produção.
Lucas Landriny, fez o curso de soldagem no Senai em 2008, aos 16 anos, em Mossoró (RN). Ele foi campeão brasileiro na área em 2010 e ganhou em 2011 a medalha de bronze na WorldSkills, maior competição de profissões técnicas do mundo, em Londres.
Hoje ele é dono de uma metalúrgica e possui também cursos online voltados para profissionais da área que querem obter mais conhecimento e faturar mais com a profissão.
A trajetória de Lucas até a atualidade, começou logo que finalizou o curso pois teve a oportunidade de voltar ao Senai como professor e treinador. “Através dessa oportunidade eu comecei a dar aula no cenário, fui professor e eu treinava alunos para participar de competições do estadual, nacional e internacional.”
Ele explica que o foco do curso técnico não é formar um soldador e que ao longo da formação aprende-se muito sobre gestão e planejamento.
“Você não vai sair de lá um soldador, mas sim um técnico em soldagem e a função da profissão é trabalhar mais na parte do planejamento do projeto, na parte gerencial, que é normalmente envolvido com a equipe de expressão. Hoje na minha empresa eu exerço essa função técnica de estar a frente de uma equipe e de um projeto”, conta o técnico.
Ele credita todo seu sucesso profissional ao curso técnico que proporcionou a experiência como aluno, professor e hoje como empresário, atuando diretamente na empregabilidade de profissionais da área. Para ele as experiências práticas em competições também contribuíram na sua formação profissional.
“A partir do momento que comecei a treinar para participar de olimpíadas, passei a ter um professor ali ao meu lado a todo momento, então desenvolvi muito o meu lado técnico. Quando eu voltei em 2011 em Londres, eu passei a fazer parte desse time que treinava os alunos pra ir pra competição internacional, e enquanto ensinava, também aprendia muito e isso agregou muito a minha formação profissional.”
Produzido por: Giovana Alves
26/08/2024 02:00, atualizado 26/08/2024 02:00
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