
por Fábio Tiburi | Diretor de Robótica
Ao buscar formas de evoluir a produção, as empresas normalmente se deparam com a automatização de processos. Essa solução visa a eficiência operacional, aumentando a produtividade e reduzindo os custos. Mas afinal, o que é automatização de processos?
Em linhas gerais, os processos industriais automatizados são aqueles que antes eram realizados de forma exclusivamente manual e agora contam com o auxílio da tecnologia. Vale destacar que a automação não substitui a atividade humana, mas otimiza os recursos e gera a melhoria de processos.
Para as empresas que se perguntam como automatizar um processo, é importante que se faça uma análise de qual produto dela tem mais gargalo de produção e envolve mais mão de obra repetitiva. Em qual lugar está se utilizando uma mão de obra mais valiosa – que é o ser humano – para se fazer tarefas simples e repetitivas? Esse é um ponto que se pode investir em um processo de soldagem automatizado, por exemplo.
Um fator importante nesse contexto é que as empresas que estão começando o processo de automação devem escolher a peça mais simples para o robô soldar em um primeiro momento. Dessa forma, o ser humano pode fazer os processos mais complexos, porque ele tem mais habilidade em termos de flexibilidade e de enxergar defeitos. O robô exige uma série de aparelhos e sensores para poder ter essa mesma condição e isso faz com que o projeto se torne mais caro.
Quais são os erros que devem ser evitados nos processos automatizados de soldagem?
O principal cuidado, portanto, é não começar a automatização de processos manuais com a peça mais complexa a ser soldada. Uma série de empresas – de grande porte, inclusive – inicia o processo de robotização por um componente muito grande, que pode até gerar um bom retorno financeiro, mas no fim das contas o ganho de automação x investimento é bem menor do que uma série de pequenas células soldando peças simples que geram um valor agregado para a empresa.
Uma empresa que não tem robô deve começar a automação pela peça mais simples, que já tem um certo volume para justificar o uso do equipamento, para depois sim migrar para peças maiores. Começar pelos equipamentos mais complexos é um erro muito frequente não só no Brasil. Isso resulta em robôs de grande porte parados em parte do tempo e peças simples sendo feitas manualmente, quando poderia ter sido feito um investimento contrário, com menores recursos e maior eficácia.
Conheça os quatro estágios da automação
- A empresa pode começar com soluções menores, ou seja, células pequenas. Assim o empreendimento começa a criar a cultura de automação dentro da empresa.
- O nível dois são as células médias, que soldam peças maiores, com um grau um pouco maior de complexidade.
- O terceiro nível são as células de maior porte, com alguns sensores. Esses equipamentos lidam com peças mais suscetíveis a erros dimensionais na fabricação.
- O último estágio são as células de grande porte com sensores e com todos opcionais possíveis para que se atinja esse tipo de produção, como softwares. Nesse caso, a complexidade do processo é o maior possível.
Confira o artigo na integra: Como avaliar quais processos podem ser automatizados dentro da sua empresa? | Sumig