Na soldagem por resistência, as resistências elétricas de todo o circuito secundário são importantes, devido às elevadas correntes de soldagem.
Quando as peças estão unidas pela pressão dos eletrodos, a resistência total é um somatório de cinco resistências, R = R1 + R2 + R3 + R4 + R5
Em um condutor, a quantidade de calor gerado pela passagem de corrente é proporcional ao valor da corrente, segundo a lei de Joule e depende de três fatores: a intensidade de corrente, a resistência do condutor (incluindo a resistência da interface) e o tempo em que a corrente aplicada. Estes três fatores afetam a quantidade de calor, de acordo com a fórmula:
O calor, que é gerado em várias regiões, não somente nas interfaces do eletrodo com a peça mas também entre as peças, é proporcional ao quadrado da intensidade de corrente de soldagem e diretamente proporcional à resistência e ao tempo. Parte do calor gerado é aproveitada para fundir a peça e uma pequena parte é perdida, na forma de condução térmica, radiação, etc. O calor está bem distribuído quando ocorre uma profundidade de fusão, ou penetração, aproximadamente igual nas duas peças. A maioria das aplicações da soldagem por pontos ou por costura utiliza peças com espessuras iguais e eletrodos de mesma liga, forma e dimensões; nestes casos, o equilíbrio do calor é quase automático; entretanto, em muitas aplicações, o calor gerado nas peças é desbalanceado.
dissipação de calor
Durante a soldagem, o calor é perdido por condução nas áreas adjacentes ao metal base e aos eletrodos.
As condições de superfície das peças também influenciam a geração de calor porque a resistência de contato é afetada por óxidos, sujeiras, óleos e outros materiais estranhos que possam existir na superfície. Maior uniformidade nas propriedades da solda é obtida quando as superfícies estão limpas.
Quando se soldam peças com óxidos ou outros materiais estranhos à superfície, pode haver variações na resistência de contato, causando uma não uniformidade na geração do calor.
composição química dos materiais
A composição química dos materiais a serem soldados também tem uma grande influência, pois a resistividade e a condutividade elétrica influenciam a geração do calor durante a soldagem; materiais com alta condutividade elétrica, como a prata e o cobre, geram pequena quantidade de calor sobre uma alta densidade de corrente; essa pequena quantidade de calor é rapidamente transmitida através da peça. A composição química determina o calor específico, a temperatura de fusão, o calor latente de fusão e a condutividade térmica, e são estes dados que determinam a quantidade de calor necessário para fundir o metal e gerar a solda.