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Processo com eletrodo revestido – Equipamentos

O equipamento para soldagem com eletrodo revestido consta de transformador, transformador-retificador, fonte de energia, gerador, cabos, porta-eletrodo e ferramentas, como picadeira e escova de aço, além de material de segurança para o operador.

transformador

Um transformador para soldagem com corrente alternada apresenta as seguintes partes: transformador, que pode ser monofásico e trifásico, responsável pela transformação da corrente da rede em corrente de soldagem, pela redução da tensão da rede em tensão de soldagem e pelo aumento de intensidade da corrente da rede para intensidade de corrente de soldagem. O transformador só trabalha com corrente alternada.

transformador-retificador

O transformador-retificador fornece corrente contínua mas também pode trabalhar com corrente alternada, caso tenha um sistema para desligar a parte do retificador.

As partes que compõem o transformador-retificador são: transformador, que pode ser monofásico e trifásico, responsável pela diminuição da tensão da rede para tensão de soldagem e aumento da intensidade de corrente da rede para intensidade de corrente de soldagem; retificador, que transforma a corrente alternada monofásica ou trifásica em corrente contínua,

ventilador-resfriador, responsável pelo resfriamento do retificador e do transformador, de modo a evitar aquecimento prejudicial a essas partes e uma chave, em alguns tipos de máquina, que serve para selecionar o transformador ou o retificador. Este tipo de máquina é mais caro e de manutenção mais complexa devido à necessidade do uso do retificador para fornecer a corrente contínua.

fonte de energia

A fonte de energia mais adequada é a do tipo corrente constante, em que a corrente de soldagem sofre pouca influência de variações de comprimento e de tensão do arco.

A escolha da corrente constante se deve ao fato de que o comprimento do arco é controlado pelo operador, causando variações durante o processo de soldagem; deste modo, mesmo que o eletrodo toque a peça, causando um curto-circuito, o valor da corrente aumenta muito pouco e a máquina é capaz de suportar esse aumento durante um pequeno intervalo de tempo.

A fonte de energia fornece corrente contínua (CC) ou corrente alternada (CA) ou ainda as duas. Quando se utiliza corrente alternada, há maior possibilidade de um arco instável devido à alternância de polaridade e à queda do valor da corrente; também a abertura e a manutenção do arco tornam-se mais difíceis, principalmente no caso de eletrodos de pequeno diâmetro que demandam correntes de soldagem menores.

Uma curva característica de saída mostra o ponto de operação na intersecção entre as linhas de tensão e de corrente.

gerador

O gerador é um equipamento rotativo alimentado por motor térmico ou elétrico, que gera corrente contínua ou alternada. É utilizado para trabalhos em locais onde não há disponibilidade de energia elétrica. O gerador é uma máquina de custo elevado e de manutenção mais difícil, o que tem tornado seu uso cada vez mais restrito.

porta-eletrodo

O porta-eletrodo serve para a fixação e energização do eletrodo. É fundamental a correta fixação e boa isolação dos cabos para que os riscos de choque sejam minimizados. As garras devem estar sempre em bom estado de conservação, de modo a evitar os problemas de superaquecimento e má fixação do eletrodo, que pode se soltar durante a soldagem. Um porta-eletrodo é dimensionado para trabalhar em uma determinada faixa de diâmetro. Esta limitação vem não só da abertura máxima nas garras para encaixar o eletrodo, como principalmente da corrente máxima que esta parte do equipamento pode conduzir. Para ser utilizado em valores de corrente mais elevados, um porta-eletrodo deve ser mais robusto, o que fará com que seu peso aumente. Como o peso é um fator determinante na fadiga do soldador, deve-se sempre procurar especificar o menor porta-eletrodo possível para a faixa de corrente na qual se pretende trabalhar.

cabos flexíveis

Existem dois tipos de cabos flexíveis: os de soldagem, que transportam a corrente elétrica da fonte de energia ao porta-eletrodo, e os de retorno, que transportam a corrente elétrica da peça de trabalho para a fonte de energia. Os cabos podem ser de cobre ou de alumínio e devem apresentar grande flexibilidade, de modo a facilitar o trabalho em locais de difícil acesso. É necessário que os cabos sejam cobertos por uma camada de material isolante e resistente à abrasão, à sujeira e a um ligeiro aquecimento, que será normal devido à resistência à passagem da corrente elétrica.

diâmetro dos cabos

O diâmetro dos cabos está basicamente relacionado com a corrente de soldagem, com o ciclo de trabalho do equipamento, o comprimento total dos cabos do circuito e a fadiga do operador. Estes quatro itens atuam de maneira antagônica. Enquanto que para a corrente de soldagem, para o ciclo de trabalho do equipamento e para o comprimento total dos cabos do circuito seria ideal o cabo com o maior diâmetro possível, com menor chance de superaquecimento para os dois primeiros e menor perda de corrente para o terceiro, acontece o contrário quando se trata da fadiga do operador, porque um cabo resistente a maiores valores de passagem de corrente é consequentemente mais robusto e por sua vez mais pesado, causando com isto maior fadiga ao soldador.

 Link Relacionado:

Soldagem – Coleção tecnológica SENAI – 1ª ed. 1997

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