Proprietários que expandiram sua gama de aplicações e ao mesmo tempo melhoraram a segurança do operador

Publicado em 28/05/2021
Publicado por Ann Thompson

Processar metal é um trabalho difícil. É quente, sujo e exige muito esforço físico. Metais são pesados, e dependendo do tamanho da chapa, difíceis de mover. Eles ficam ainda mais complicados de manusear quando as peças são soldadas entre si, formando subconjuntos ou produtos finais. E para complicar ainda mais os problemas, as empresas — de pequenas oficinas a grandes operadoras — estão passando por limitações nas despesas, prazos apertados, redução de pessoal e manter os empregados em segurança. Aqui constam várias maneiras de como a adição de uma tocha a plasma mais longa pode melhorar imediatamente três trabalhos rotineiros.

Remoção do esqueleto da chapa

A Hokes Bluff Welding & Fab, uma oficina de fabricação de metais em Hokes Bluff, Alabama, sempre usou uma tocha manual com oxiacetileno para cortar esqueletos depois do corte mecanizado — um processo que era ineficaz e demorado. Pior ainda, o operador começou a sofrer dores nas costas e nos joelhos por trabalhar longas horas curvado sobre a mesa, acionando repetidamente a ignição da chama da tocha com um acendedor. Depois de substituir o oxicorte por um sistema a plasma de 105 ampères equipado com um corpo de tocha com comprimento de 4 pés, houve melhorias imediatas na produtividade e segurança do operador.

“Amei a tocha longa. É muito mais rápida em comparação com oxicorte, e eu não preciso mais carregar um acendedor no bolso para acendê-la, como eu fazia com a tocha de oxicorte. E evita que eu machuque minhas costas e meus joelhos, por não precisar mais me curvar ou agachar”, explica Billy Cherry, um soldador e operador de máquinas da Hokes Bluff Welding & Fab. “Consigo me movimentar tão rápido quanto com a HPR260XD, assim o corte de sucatas pode ser feito logo após o corte de um perfil. Depois, consigo carregar outra chapa com pouca ou até sem paralisação.”

Cherry não é o único. Muitos operadores de plasma que usam a tocha longa afirmam que a remoção do esqueleto de esteiras de CNC na indústria pesada é tão rápida que trabalhos que antes levavam uma hora com a tocha de oxiacetileno agora são concluídos em menos de 15 ou 20 minutos. Graças à característica de desengate rápido, encontrada em sistemas Hypertherm Powermax mais novos, é fácil alternar entre a tocha manual tradicional e a tocha longa.

Cherry diz, “A tocha longa deixou tudo mais rápido e fácil para nós. Eu adoro pois posso estar sempre em movimento. Ela maximizou a produção de tal maneira que a incluímos em nossa mesa. Dobramos o comprimento da esteira de corte, de 10 pés para 20 pés (cerca de 13 pés) e compramos uma segunda tocha a plasma de 105 ampères com a tocha longa. Agora temos uma tocha longa nas duas extremidades da esteira.”

Também é impressionante a possibilidade de corte por arrasto. Cherry simplesmente escora a tocha na borda do esqueleto e arrasta a cabeça de corte em ângulo ao longo do metal. Ele afirmou que isso é um alívio para as costas, pois ele não precisa manter a tocha erguida, fora da peça de trabalho que está sendo cortada.

Demolição estrutural

As empresas de demolição que desmancham construções e outras instalações — como usinas nucleares, refinarias, estádios ou torres hidráulicas municipais desativados — costumam ter incentivos de desempenho incluídos em seus contratos. Terminar o trabalho mais rápido economiza em custos de mão de obra, mas também ajuda empresas com projetos em larga escala a ganhar mais dinheiro com o trabalho. Além da velocidade e rentabilidade, a Pinto Construction Services, uma empreiteira de Buffalo, Nova Iorque, percebeu que as tochas a plasma mais longas tornavam os trabalhos de demolição mais seguros de executar. A empresa conta com duas tochas longas, uma tocha com 4 pés de comprimento e outra de 6 pés, ambas conectadas a sistemas de corte e goivagem a plasma de 125 ampères.

 “O setor passou por uma evolução nas técnicas de demolição, que passou da demolição manual para bolas de demolição, do corte com tocha de oxiacetileno para tesouras mecânicas portáteis e demolição controlada (explosivos), e agora chegou na tocha a plasma mais longa”, diz George Panepinto, que é da segunda geração de proprietários da Pinto Construction. “O objetivo de cada método sempre foi e ainda é minimizar os riscos. É importante aplicar as técnicas mais recentes para reduzir sistematicamente o perigo.”

Panepinto sabe que muitos no setor vão contar com a tocha de oxiacetileno, mas ele percebeu a mudança tecnológica criada pela tocha a plasma mais longa. Ele sabia que o corte a plasma sempre teve a vantagem da velocidade em relação ao oxicorte, mas foi somente quando se acrescentou a tocha a plasma mais longa que ele se tornou de fato uma ferramenta viável para o trabalho de demolição.

“Tanques de aço grandes e outros recipientes de metal não ferroso são particularmente difíceis de desmontar devido aos pesados revestimentos de epóxi, acúmulo de tinta e ferrugem”, explica Panepinto. “Usar uma tocha a plasma de longo alcance ajuda no controle da exposição a vapores tóxicos e poeira, pois estabelece uma distância mais segura para trabalhar. A qualidade do ar para o funcionário pode melhorar significativamente como um componente de uma solução projetada para ajudar a cumprir limites de exposição pessoal da OSHA. Testamos com a tocha longa e comprovamos que a solução funciona.”

Panepinto continua, “Alguns tanques de armazenamento ficam danificados devido a eventos catastróficos inesperados ou por atividades de demolição intencionais. Muitas vezes a energia armazenada acumula nos componentes de metal de uma estrutura. As placas e os membros de aço estrutural ficam sob uma tensão significativa, por isso, empurrar a estrutura pode fazer com que o metal solte na direção do funcionário. Isso é perigoso e não deve ser menosprezado. A tocha de plasma de longo alcance permite que os funcionários fiquem a uma distância segura da tocha à obra, conforme a energia é liberada gradualmente”.

Raspagem e recuperação de metais

A Cunningham Metals, um centro de reciclagem de administração familiar em Russellville, Arkansas, estava com dificuldades na raspagem de aço inoxidável. Eles usavam uma tesoura na oficina, mas os operadores lidavam com uma variedade imensurável de formatos de metal e cortes extenuantes. Esse trabalho, que exige tanto esforço físico, criou gargalos e riscos para os empregados. Ainda por cima, a empresa deixou de realizar negócios mais lucrativos com usinas quando foram forçados a vender um maquinário antigo, que era grande demais para a tesoura, a um intermediário.

Sem as ferramentas adequadas, a Cunningham Metals perdeu a chance de ganhar mais dinheiro. Com um investimento em um sistema a plasma de 125 ampères com uma tocha a plasma mais longa, a empresa poderia realizar essas tarefas maiores por conta própria. A portabilidade do plasma permitiu que eles trabalhassem no estaleiro e inclusive desmontassem máquinas no local, em qualquer uma das dezenas de instalações de produção na sua região. Essa configuração também melhorou as condições de trabalho dos seus funcionários, e como resultado também aumentou a produtividade geral. 

“A portabilidade é ótima. Não ficamos presos a edifício nenhum e estamos fazendo mais com uma pessoa só. Posso enviar alguém para o estaleiro, e essa pessoa fica o dia inteiro fazendo raspagem”, diz Johnny Cunningham Jr., proprietário e operador da Cunningham Metals. “Isso permite que outra pessoa trabalhe na tesoura, e já que não precisamos mais de cortes grandes ou longos, a tesoura está sendo mais produtiva. O operador não diminui seu ritmo, nem acaba machucado por cortes difíceis.”

Cunningham compartilha, “Você nunca vai se livrar da tesoura ou do oxicorte, mas todo raspador aproveitará os benefícios de ter uma tocha longa em seu estaleiro. Essa é uma daquelas ferramentas que não dá para viver sem. Ganhamos produtividade no processamento de aço inoxidável. Conseguimos cortar o aço inoxidável facilmente nas peças de 4 pés por 4 pés que são solicitadas pela maioria das siderúrgicas para reciclagem”.

Essa experiência de Cunningham é universal, pois os ferros-velhos afirmam que os funcionários ficam mais seguros com uma tocha a plasma mais longa, e que os trabalhos de raspagem levam metade do tempo quando se adiciona uma tocha a plasma mais longa. A tocha mais longa torna o trabalho mais seguro e mais rápido de executar, permitindo que o operador fique distante do corte, evitando o alcance de forma perigosa. Isso melhora a resistência e o vigor do funcionário.

Benefícios para todos os três trabalhos

Uma tocha mais longa é mais segura para utilização nesses tipos de trabalhos, permitindo que os operadores trabalhem em posições confortáveis. O comprimento do corpo da tocha e o ângulo da cabeça de corte permitem que os operadores fiquem de pé e distantes, ao mesmo tempo que podem ter o acesso de que precisam. Só de adicionar uma tocha longa em seu arsenal de ferramentas você poderá ter um impacto positivo na produtividade e rentabilidade, tanto em oficinas grandes como pequenas.

Confira o artigo na integra: Uso de tocha a plasma longa Hypertherm