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Economia I

Introdução (Tipos de dados)

Descrição das informações coletadas

      Quando nós falamos sobre dados em um estudo sobre trabalho, geralmente nos referimos aos seguintes elementos:

  1. Tempos para os elementos de um processo
  2. Fatores que afetam os tempos para os elementos de um processo
  3. Quantidades relatadas pelo tempo
  4. Dados das condições de trabalho

      O tempo necessário para o desenvolvimento de um elemento específico de um processo de trabalho depende, além do trabalhador, do método de trabalho e das condições de trabalho. Isso deixa claro que uma pessoa responsável em realizar um estudo sobre o trabalho, necessita saber não somente como registrar o “tempo”, mas também deve ser treinada para coletar informações de outros fatores que afetam esse tempo, como a distância de transporte, o peso, as dificuldades para realizar esse trabalho e as suas qualidades. 

Os procedimentos envolvidos na medição e aplicação dos tempos no estudo do trabalho, as quantidades relacionadas a eles e aos fatores que os afetam são à base de um programa padrão de coleta de dados elaborado pela REFA. Ele fornece um guia que estabelece como esses dados devem ser coletados. O programa padrão é dividido em subprogramas que definem claramente a interdependência de cada etapa de forma individual.

No início do estudo sobre trabalho, dois aspectos devem ser levados em consideração para aquisição correta dos dados:

  • Objetivo para uso
  • Reprodutibilidade

O objetivo da coleta de dados determina o tipo e a quantidade de dados que serão registrados e os requisitos para análise estatística. A Figura 1 mostra os principais objetivos da coleta de dados no estudo do trabalho.


Análise (Tipos de processos)

Definição e objetivo dos tipos de processos

O terceiro passo no programa padrão para coleta de dados envolve: A divisão dos processos de trabalho em elementos de vários comprimentos e a descrição deles, como procedimentos, subprocedimentos, etapas do procedimento e também elementos do procedimento que tenham sido mencionados em outro lugar. Nós usamos os tipos dos processos para descrevê-los.

Os tipos de processos descrevem a interação do homem (trabalhador) e o equipamento, com a entrada de elementos específicos no processo de trabalho. Eles são chamados de tipos de tempo quando usados para especificar o tempo para um elemento do processo.

 Os tipos de processos são fundamentais para o estudo do trabalho pelas seguintes razões:
A pessoa responsável em realizar o estudo do trabalho aprenderá termos técnicos que tornarão possível para que ele descrever os processos de uma forma clara e precisa.

A classificação dos processos por tipo de processo fornece flexibilidade e multiplicas possibilidades para uso dos tempos para os elementos de processos específicos (como por exemplo, para calcular as quantidades ou predeterminar os tempos).

A classificação também é usada como a base para definição das características que expressam a eficácia de interação do homem (trabalhador) e o equipamento com o objeto de trabalho (como por exemplo, as características para o carregamento do equipamento).

Setup e corrida


Existe um número de classificações possíveis para o processo. A Figura 2 mostra um exemplo, e, para alguns objetivos, uma classificação suficiente.

Por meio do setup nós preparamos o sistema de trabalho para completar uma tarefa ou, para reverter o sistema de trabalho para a condição original.

Como uma regra, o setup ocorre somente uma vez dentro da tarefa.

Exemplos:

Recebendo uma ordem, estudando a ordem, estudando o desenho, pegando as ferramentas (se nenhum outro trabalhador fizer isto como seu trabalho); configurando e ajustando a máquina, preparando os testes e corpos de prova; mudando o equipamento como parte da tarefa, desmontando ferramentas e dispositivos.

Durante o tempo de corrida (produção), as entradas dos dados são variadas de acordo com a tarefa de um sistema de trabalho.


Elementos influenciáveis e não influenciáveis de um processo


Em um processo totalmente influenciável, o tempo para completar o trabalho depende inteiramente do trabalhador.

Em um processo não influenciável o trabalhador não pode afetar o tempo do processo de trabalho se ele seguir o que está escrito nos padrões do processo e do método de trabalho.

Em um processo influenciável de forma condicional o trabalhador pode afetar o tempo para completar o processo de trabalho dentro do limite fornecido por ele através do procedimento de trabalho e do método de trabalho (Veja essa comparação na Figura 4).

Tipos de processo relatados pelo trabalhador (Figura 15)

A classificação dos tipos de processos relatados para o trabalhador inclui todos os eventos que podem ocorrer sobre um período durante o qual o trabalhador está empregado, tanto em um trabalho assalariado quanto em um trabalho voluntário por uma empresa e está disponível para a empresa, incluindo requisitos contratuais legais ou acordos baseados nas interrupções de trabalho. O processo de investigação pode estar relacionado com os objetivos da investigação, relatado com a finalidade de:

a) Completar os períodos durante o qual o trabalhador é avaliado baseado no contrato da empresa,

b) Uma ou mais trocas de turno,

c) Partes de um turno,

d) Uma ordem particular ou

e) Um período contabilizado pela empresa (mês, trimestre, ano).

O trabalhador está de plantão se ele desenvolve tarefas dentro das horas de trabalho estabelecidas (compare na Figura 5).

O operador não está de plantão se ele não está disponível, para qualquer comprimento do tempo, para desempenhar tarefas dentro do período de trabalho estabelecido ou se ele estiver fora da empresa (compare na Figura 5).

Se o trabalhador tiver ficado de plantão por um curto espaço de tempo, este tipo de processo deve ser intercambiável com a interrupção de trabalho causado por quebra da máquina ou por falta de pessoal. O limite de tempo que determina se ele está num processo do tipo fora de plantão (descanso) ou num processo do tipo interrupção do trabalho devido à parada ser especificada pela direção da empresa.

Exemplos:

Doença: acidente ou reabilitação em um spa; frequentando um curso de treinamento; sem tarefas.

A empresa fechada (parada) inclui as paradas estipuladas pela lei, acordo coletivo, ou por normas da empresa, bem como outras ocasiões durante o qual a empresa parou totalmente ou apenas algumas seções (compare na figura 5).

Exemplos:

Interrupção do trabalho programado pela empresa; poucas horas trabalhadas; reuniões da empresa; férias; catástrofes.

A atividade principal da empresa é uma atividade programada diretamente na realização da tarefa.

Atividade auxiliar é uma atividade programada que leva a realização da tarefa de forma indireta.

Atividade adicional é uma atividade ou processo que não pode ser planejado com antecedência.

Basicamente, existem quatro causas da atividade adicional:

  1. Falhas na organização ou na tecnologia do processo de trabalho (atividade adicional quando envolve remoção de obstáculos, ex. execução de reparos, fazer chanfros em cantos vivos, realização de trabalho em horas extras);
  2. Assistência voluntária ou ordenada para outras pessoas;
  3. Falta de informação (a atividade adicional inclui obtenção de informações essências para continuidade do processo de trabalho, como por exemplo, discutir ordens subjetivas com o superior, estudo repetitivo dos programas de trabalho ou desenhos, etc.).
  4. Realização de tarefas não programadas, como por exemplo, limpeza, discussões sobre trabalhos realizados.

A interrupção do trabalho devido ao processo é um tempo programado quando o trabalhador espera pelo fim de um elemento do processo que é objeto de trabalho desenvolvido por ele mesmo.

A duração do tempo de espera não é determinada pelo trabalhador, na maioria das vezes ele é condicionado pelo equipamento ou pelo próprio objeto de trabalho. Em um trabalho em grupo pode acontecer que durante o trabalho programado por um membro do grupo, outro membro do grupo tenha que esperar devido à interrupção do trabalho causado pelo processo.

Exemplo:

Esperar até o molde esfriar antes de fazer uma nova peça; esperar até um molde de injeção estar aquecido; esperar até o revestimento de primer secar antes de pintar uma inscrição; esperar até a chegada de outra peça durante a montagem da linha de produção.

A interrupção do trabalho devido a uma parada repentina é uma parada adicional prevista pelo trabalhador devido à quebra de máquina, falha da organização ou falta de informação.

A causa da parada repentina tem sido removida durante a espera por outro trabalhador.  Esse tipo processo deve ser intercambiável com o tipo de processo “fora de plantão (de folga)” (veja o capitulo pertinente).

Exemplos:

A espera enquanto um serralheiro repara uma falha; a espera durante uma queda de energia; a espera por uma tarefa; a espera pelo material.

Interrupção do trabalho devido ao período de descanso é, para os objetivos do estudo do tempo, a interrupção do trabalho a fim de recuperar a fadiga causada pelo trabalho.

Exemplos:

O descanso após um trabalho de martelamento de uma peça no local de trabalho (com tensões de calor) ou em frente da zona de calor; descanso após inspeção de tecidos.

A interrupção do trabalho por razões pessoais é uma parada de trabalho por razões pessoais.

A interrupção do trabalho por razões pessoais não está, com exceção da interrupção do trabalho para o descanso, condicionada pelo processo de trabalho.

Exemplos:

A compra de bebidas ou cigarros ou pegando-os numa máquina de vendas de bebidas; uso de toalete, parada do trabalho para conversas pessoais com colegas; atrasar o início do trabalho; encerrar o trabalho mais cedo.

Pode ocorrer que durante um estudo do tempo, não esteja claro até qual o tipo de classificação um elemento de um processo particular deva ser incluído. Uma categoria especial “não identificável” tem sido criada para muitos casos. Durante a avaliação do estudo e após obter mais detalhes das informações existe uma tendência de reclassificar esse tipo de processo, às vezes em cooperação com outros especialistas da área, e incluindo-o entre uma categoria de classificação mais específica.

Um trabalhador que fica fora da área investigada também é “não identificável”; um registro cuidados do processo requer a adição de uma nota dizendo que tipo de processo foi não identificável para um elemento particular.

Síntese (tempo padrão)

Introdução para ajustagem dos tempos padrões

Esse capítulo descreve os fundamentos para especificar os tempos padrões que são de vital importância para realizar os passos de número 10 e 11 do programa padrão para coletas de dados, elaborado pela REFA. Os tempos padrões são, de acordo com a REFA, os tempos requeridos pelo trabalhador ou equipamento para realizar um trabalho. Os tempos padrões do trabalhador incluem os tempos básicos, tempos de descanso e os tempos permitidos; os tempos padrões do equipamento incluem os tempos básicos e os tempos permitidos.


O tempo de descanso inclui os períodos de tempo requeridos para a recuperação do trabalhador da fadiga decorrente do trabalho. O que divide o tempo padrão deles depende do nível de esforço e da duração do esforço causado pelo trabalho.

O tempo de setup inclui tempos padrões de atividades desenvolvidas como um complemento do tempo de corrida planejado. É feita uma distinção entre os tempos de setup pessoal e do equipamento. Os tempos de setup ocorrem quando um processo tem vários cumprimentos e frequências de ocorrência. Para uma determinada extensão eles são ligados para o comprimento da tarefa (eles são incluídos no tempo de setup do equipamento), parcialmente eles não apresentam nenhuma ligação com a tarefa (isso se aplica para os tempos de setup pessoal).

A descrição dos tempos básicos, de descanso e do tempo permitido não será completa sem a definição de uma unidade de quantidade para o qual eles relatam.  Os tempos básicos, de descanso e permitido, usados para ajuste dos tempos padrões geralmente relatam a saída da primeira unidade. Baseado nisso, estão às definições do tempo básico tg, tempo permitido t, e o tempo de descanso ter, descritos abaixo em detalhes.

Tempo básico

Existem dois tipos de tempo básico:

trgque é o tempo de setup básico, ou seja, o tempo requerido para ajustes do equipamento pelo trabalhador.

tgtempo básico, que é o tempo requerido para o trabalhador produzir uma unidade. 

A diferença entre trg e tg é relatada para o processo de setup quando tg produz a saída da primeira unidade; na maioria dos casos a saída da primeira unidade corresponde a um processo. O mesmo se aplica aos tempos de descanso e aos tempos permitidos durante o setup e a corrida. 

O tempo básico tg representa uma somatória dos tempos requeridos para a realização dos elementos do processo individualmente a fim de completar o processo planejado pelo trabalhador; ele relata a saída da primeira unidade.

O tempo básico tg consiste dos dois tipos de tempo a seguir (mostrado na FIGURA 9).

tg = tt + tw

tt é o tempo trabalhado, conforme a Figura 20 eles são iguais.

tt = ∑ tMH +  ∑ tMN

tw é o tempo ideal

tw = ∑ tMA

Em palavras as equações significam o seguinte:

O tempo trabalhado tt representa a somatória dos tempos padrões para a realização de todos os elementos do processo que incluem as atividades principais MH e as atividades auxiliares MN, requeridas para completar o processo planejado pelo trabalhador; ele é relatado na saída da primeira unidade produzida.

O tempo ideal tw representa a somatória dos tempos padrões para todos os elementos do processo que incluem as paradas do processo causadas pelo processo (MA) que ocorrem durante a realização do processo planejado pelo trabalhador; ele relata a saída da primeira unidade produzida.

Como pode ser facilmente observado nas definições, os tempos dos vários elementos do processo são representados por letras maiúsculas (como por exemplo, tMA) e a somatória de todos os tempos dos elementos do processo relacionados a uma unidade produzida é representada por letras minúsculas (como por exemplo, tw). As letras são os tempos padrões.

Seria útil dividir o tempo trabalhado tt emtempo de trabalho influenciável e não influenciável. 

Se por exemplo, ttfor usado no gerenciamento de um trabalho, deve-se ter em mente que ttbdepende do grau de esforço humano, enquanto ttu não pode ser, segundo a definição, influenciado pelo trabalhador.
Tempo permitido

O tempo permitido tvrepresenta a somatória dos tempos padrões de todos os elementos adicionais do processo durante a realização do processo planejado pelo trabalhador, ele é relatado para produção de uma unidade produzida.

O tempo permitido consiste dos seguintes tipos de tempo:

tv =  ts + tp

O tempo permitido ts inclui os tempos padrões das atividades adicionais MZ e das interrupções do trabalho causadas pelas paradas MS.

ts = ∑ tMZ +  ∑ tMS

O tempo permitido tp inclui os tempos padrões das interrupções de trabalho causadas por necessidades pessoais MP:

tp = tMP

Como tem sido definido, MZ, MS e MP são tipos de processos adicionais. A sua ocorrência, progresso e duração, em relação à primeira unidade produzida, são impossíveis de se determinar antecipadamente. O uso dos tempos padrões para elementos adicionais do processo como os tempos padrões permitidos serão discutidos em detalhes mais à frente. Aqui nós chamamos a atenção somente para o fato de o tempo permitido ser frequentemente registrado como uma porcentagem do tempo básico. Logo,

zv = zs + zp

onde

zv = tempo permitido em %

zs = tempo permitido do equipamento em %

zp = tempo permitido pessoal em %

Quando zvjá tiver que ser determinado, tv poderá ser calculado da seguinte forma:


Tempo de descanso

O tempo de descanso ter representa uma somatória dos tempos do processo de todos os elementos do processo que são requeridos para a cobertura do trabalhador; ele é relatado para a primeira unidade produzida. 

De acordo com a Figura 9:

ter = ∑ tMS (excluindo outros tipos de tempo que podem ser usados para descanso)

Quando o tempo for especificado por unidade produzida, as interrupções de trabalho devido ao processo ou paradas tMA e tMSsão sob certas circunstâncias, adicionados ao tempo padrão tME. O tempo de descanso ter incluído no tempo padrão é chamado de tempo de descanso complementar. 

Os dados do tempo de descanso devem ser especificados como uma porcentagem do tempo básico. Então:

O tempo de descanso ter especificado como porcentagem de Zer adicionado ao tempo básico tg permite a transferênciade dados de outros sistemas com parâmetros semelhantes.

Tempo por unidade produzida

O tempo por unidade produzida ter é um tempo padrão ajustado para a complementação de um processo pelo trabalhador. Ele geralmente relata a produção de 1, 100 ou 1000 unidades produzidas.

De acordo com a Figura 9, o tempo para a produção de uma unidade é:

te1 = tg + ter + tv                      ou 

        = tt + tw + ter + tp + ts
Se o tempo de descanso e o tempo permitido forem especificados em porcentagens, então:

Na produção em série te1 pode representar valores muito pequenos. Ele é bastante comum sob certas circunstâncias que, ao invés de ajustar os tempos padrões para te1, ele é ajustado para t100ou t1000. As unidades produzidas usando um tempo de ajuste por unidade padrão referem-se a 100 ou 100 unidades.

Consequentemente:

Te1000 = 10 . te100 = 1000 te1

Tempo de setup e de corrida (de produção)

O tempo de corrida ta é um tempo padrão especificado para completar a quantidade m da tarefa pelo trabalhador.

Ele é:

O tempo de setup é um tempo padrão especificado para setup do trabalho pelo trabalhador dentro de uma OS (Ordem de Serviço).

Esse tempo de setup pré-determinado é calculado de forma semelhante ao tempo calculado por unidade.


Uma equação é feita como uma regra, entre zrv = zv

Tempo da OS (ordem de serviço)

O tempo da OS é um tempo padrão pré-determinado para completar uma tarefa por um trabalhador.

Se a tarefa incluir o setup e a quantidade total m, então:

T = tr + ta

           = tr + m . te

No entanto, uma tarefa pode ser designada somente como um trabalho de setup ou somente para completar a quantidade m; e nesse caso:

T = tr ou T = m. te = ta

Uma tarefa também pode consistir de um número de subtarefas com diferentes quantidades e tempos por unidade te. Então:

T = tr + mI . te1+ mII + teII + mIII . teIII + ….

Para ilustrar isso através de um exemplo:

A tarefa consiste no empacotamento de 200 pares de sapato para homem.

As quantidades seguintes e os tempos por unidade te,ou os tempos de setup tr foram estabelecidos de acordo com os vários elementos do processo:

T = trI + trII + mI x teI + mII + teII + mIII x teIII

   =  3 + 2 + 200 x 0,125 + 20 x 0,75 + 1 x 5

   =  50 min.

Finalmente, uma descrição geral das equações para o trabalhador dos tempos padrões relatados.

Esse texto foi traduzido por alunos da fatec-sp
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