Todos os cilindros de acetileno são enchidos com uma massa especial porosa. No cilindro existe também um solvente, normalmente acetona; quando o cilindro é carregado com acetileno, o gás é dissolvido na acetona. O acetileno ocupa menos de que 40% do volume do cilindro. A pressão num cilindro de acetileno cheio é de aproximadamente 20 bar na temperatura 21,1°C.
Na temperatura de projeto (21,1°C), existe um espaço para expansão de cerca de 15% para um cilindro com carga completa de acetileno. Na temperatura interna em torno de 65°C, o líquido se expande a tal ponto que é criada uma pressão hidrostática. Sob temperatura maiores, a pressão aumenta de forma brusca e ocorre o risco de explosão.
Não se deve esquecer, também, que a temperatura dentro do cilindro sobe muito devagar, devido ao efeito de isolamento da massa porosa. Cilindros de acetileno não têm proteção contra excesso de pressão.
Se o cilindro é exposto a um aquecimento acima de 300°C, inicia-se uma decomposição do gás. A massa porosa cessa efetivamente a decomposição. A decomposição não pode espalhar-se. O cilindro então permite um manuseio seguro do acetileno nas temperaturas e pressões que ocorrem normalmente.
Se a decomposição começou e o acetileno está fluindo para fora do cilindro (através de um vazamento, por exemplo), a decomposição continuará, porque o acetileno ainda não decomposto está continuamente chegando à zona de decomposição. O cilindro pode então explodir. A explosão pode ocorrer após alguns minutos ou até 24 horas ou mais.
O fogo nos cilindros é uma situação realmente crítica. As medidas a serem tomadas não podem ser treinadas em simulações reais pelo alto risco. Procurar raciocinar logicamente e buscar sempre a conduta de menor risco.
Se houver apenas vazamento que não pode ser estancado pelo fechamento da válvula, deve-se tentar o aperto da porca do engaxetamento. Se não estancar, levar o cilindro para um local aberto e isolado para seu esgotamento seguro. A válvula pode ser aberta com cuidado para acelerar o processo. Avisar o fornecedor, que possui maior experiência que o usuário e pode orientar as ações necessárias.
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